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Em Sergipe, MPF atua em defesa da Comunidade Quilombola Patioba 475g6v


Publicado em 12 de junho de 2025 Por Jornal Do Dia Se 50d2p


Em reunião realizada, representantes da Fazenda Ladeira (Agropecuária São José) e Agroindustrial Campo Lindo se comprometeram com Ministério Público Federal (MPF) a adotar medidas para promover o desenvolvimento de forma sustentável em Japaratuba (SE), com observância da legislação ambiental e da Convenção nº 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O acordo se deu após a Comunidade Quilombola Patioba denunciar que estava ocorrendo pulverização aérea de agrotóxicos e queima de cana-de-açúcar nas proximidades da Escola Municipal Tarsila Canuto Tadeu. Segundo relatos, a comunidade vem sofrendo com o cheiro forte dos produtos, que são utilizados sem comunicação prévia. As crianças vêm sendo afetadas com o cancelamento de aulas por causa da queima de cana perto da escola.
Diante dos fatos, o MPF cobrou a intensificação da fiscalização por parte da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), da Prefeitura de Japaratuba e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). As fiscalizações devem ser realizadas pelo menos uma vez por cada órgão, no prazo de seis meses. Os resultados devem ser encaminhados ao MPF, à istração Estadual do Meio Ambiente (Adema) e ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Para verificar a qualidade da água do Riacho Jenipapo, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente deve fazer análise da água e entregar o resultado no prazo de 40 dias.
Na reunião, os representantes da Fazenda Ladeira (Agropecuária São José) se comprometeram a retirar a cana de açúcar que está plantada nas proximidades da escola municipal. Também ficou acordado que a pulverização será comunicada à comunidade e à Secretaria Municipal de Meio Ambiente com antecedência de 15 dias. A pulverização deve ser feita com distância de 500 metros da comunidade, de povoados e de residências, conforme prevê a legislação.
Os representantes do Agroindustrial Campo Lindo se comprometeram a informar a queima da cana com antecedência de 15 dias à comunidade e à Secretaria Municipal de Meio Ambiente. A queima deve ser feita observando a legislação, principalmente quanto às condições climáticas no dia da atividade. Na reunião, ficou estabelecido que a empresa e a comunidade devem iniciar um diálogo a fim de estabelecer medidas compensatórias que possam ser implantadas para beneficiar o quilombo, visto que a comunidade é diretamente atingida pela fumaça tóxica derivada da atividade econômica.
A Prefeitura de Japaratuba se prontificou a promover, em conjunto com as empresas, a manutenção da estrada, de forma que fique em condições adequadas para o tráfego de veículos, inclusive de maquinários pesados.

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